Em questão de horas, de acordo com as estatísticas do Sr. Google, o espaço em que agora escrevo terá alcançado 100.000 acessos.
É razoável aceitar que uns 5.000 deles são do próprio palpiteiro, dada a necessidade de acessar o blog para postar palpites, moderar comentários, ou simplesmente cortar o caminho para acessar os blogs do Luis Nassif e do Paulo Henrique Amorim.
A ideia do blog em questão nasceu da arrogante necessidade de publicar opiniões que ninguém solicitou. Mas também manter o agradável exercício da escrita. Escrever é antes de tudo uma prática. O palpiteiro sempre gostou de escrever, desde a primeira série do antigo primeiro grau. A composição com uma narrativa "da barata" se perdeu com o tempo. Mas está na memória, na folha de linguagem, com o carimbo da "lição da barata", que a professora usava para estimular a imaginação da molecada. (Os mais velhos devem se lembrar da lição da Barata da Cartilha "Caminho Suave").
Escrever é muito bom para quem gosta e tem tempo. Mas, segundo o velho Jorge Luís Borges, ler é a atitude mais nobre. Quando escrevemos perdemos tempo pensando nas palavras mais adequadas para ideias que ainda não temos necessariamente a clareza do que significam. No papel riscamos, na tela, deletamos. Mas ler é nobre. E o velho poeta cego disse que a pessoa que lê dedica-se apenas a ler. Não porta caneta, não mira o papel e não pensa em palavras. Desfruta das ideias e libera a imaginação. Borges sabia da importância do leitor para tudo o que escreveu.
Escrita sem leitura não tem valor algum.
Sem demagogia, sem apelação ou markentig miserável, o palpiteiro agradece aos que por aqui passaram e leram, mesmo que apenas alguns parágrafos. Nesses 100.000 acessos não se descarta o número de pessoas que abriram, viram o título, leram a primeira linha e mudaram de endereço, em busca de algo mais importante.
Mas há certamente aqueles que leram e gostaram. E tantos que se indignaram. Além dos que apenas lamentaram.
Seja como for, o que vale é a comunicação. Não apenas aos que leram, mas principalmente àqueles que de algum modo pensaram no que foi escrito. A essas pessoas dedico o trabalho e o tempo - escasso - para algo em torno de 700 postagens e, agora, 100.000 acessos.
Não parece nada.
Para mim é muito.
Grato a todos.
Sergio de Moraes Paulo - opalpiteiro.
Obs.: em homenagem aos que passam por aqui, quero fazer algum tipo de sorteio. Vou escolher o livro, mas não me atrevo a montar a forma de presenteá-lo. Quem se dispuser a ter alguma ideia que seja simples e justa, que apareça. Não encontro outra forma mas adequada de solução que não seja a colaboração dos amigos - e eventuais inimigos- que acessam esse blog de quando em vez.